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INDEPENDENTES DOS EUA APROVAM CONVÊNIO DA ABA COM A KOBO

A American Bookstore Association (ABA), que congrega dos livreiros independentes dos EUA, anunciou que as livrarias que estão vendendo aparelhos da Kobo superaram em muito a venda de livros eletrônicos que fizeram quando a associação mantinha um acordo com a GoogleBooks, informa o Digital Book World.

As vendas, entretanto, ainda não contribuem significativamente para a receita das livrarias. A rede independente The Book Inc., com 12 lojas, vendeu 200 e-readers (130 Kobo Glo e o resto do modelo mini) e entre 300 a 400 e-books. Essa constatação é explicada em parte pelo volume ainda relativamente pequeno das vendas e pelas margens estreitas oferecidas pela Kobo aos varejistas, que é de apenas 5% do preço de venda. Segundo os cálculos da DBW, essas vendas geraram apenas US$ 1.105 (um mil, cento e cinco dólares) de lucro na venda dos aparelhos e US$ 496 (quatrocentos e noventa e seis dólares) na venda de livros eletrônicos. Isso para doze lojas e em seis meses.
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A INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL PODE SALVAR AS LIVRARIAS? NA FRANÇA, TALVEZ.

Reproduzimos em seguida o artigo publicado Na Publishing Perspectives no dia 28 de março passado. Talvez possa provocar reflexões úteis por aqui.

Dennis Abrams

LIR
A França possui uma forte rede de 3.500 livrarias independentes. E o governo está fazendo todo o possível para mantê-las vivas.

Em 2009, o governo implementou o há tempo esperado selo de “Librairie Indépendante de Référence”,  um selo que classifica as livrarias tal como um crítico poderia qualificar uma garrafa de vinho. Para se qualificar e receber o selo LIR, que é válido por três anos, as livrarias devem preencher seis condições, entre as quais a que a livraria tenha um papel cultural importante na comunidade, organizando leituras e eventos culturais; que tenha empregados que contribuam para a qualidade do serviço e que o proprietário seja o responsável pela compra de estoques; que a loja mantenha uma grande seleção de livros – tipicamente pelo menos 6.000 títulos, a maioria dos quais deve ter sido editada há pelo menos um ano ou mais.

As livrarias com o selo LIR recebem incentivos fiscais e subsídios especiais administrados pelo Centre National du Livre, inclusive empréstimos sem juros para melhorias na loja e Continue lendo A INTERVENÇÃO GOVERNAMENTAL PODE SALVAR AS LIVRARIAS? NA FRANÇA, TALVEZ.

Marisol Schulz é a nova diretora da FIL – GUADALAJARA

O pedido de demissão de Núbia Macias da direção geral da Feira Internacional do Livro de Guadalajara, gerou expectativas sobre quem a substituiria. A feira anunciou hoje o nome de Marisol Schultz como sus ubstituta.

A FIL-GUADALAJARA se afirmou com uma das feiras de livro mais importantes do mundo, e em particular na América Latina, onde é a única em que negociações de direitos autorais chegam a ter um volume ponderável, particularmente para livros em espanhol. A presença do Brasil na FIL-GUADALAJARA ensejou também um aumento dos negócios de editoras brasileiras na região, seja na venda de Direitos Autorais, seja em negociações para publicação de livros para crianças e jovens nos programas do governo mexicano de distribuição de livros para escolas públicas.

Abaixo, a transcrição do comunicado oficial da feira:

Guadalajara, Jalisco, a 22 de marzo de 2013

Marisol Schulz será la directora general de la Feria Internacional del Libro de Guadalajara
“Asumo este reto con plena conciencia de lo que esta responsabilidad significa para toda la cultura en nuestro idioma”, dijo. Tomará posesión de su cargo el próximo 1 de abril

Marisol Schulz Manault fue nombrada directora general de la Feria Internacional del Libro de Guadalajara por Marco Antonio Cortés Guardado, rector general de la Universidad de Guadalajara, a propuesta del Consejo de Administración de la Feria, que se reunió ayer en Guadalajara. Asumirá sus funciones a partir del próximo 1 de abril.

“Me siento muy honrada por haber sido nombrada directora de la Feria Internacional del Libro de Guadalajara, una institución de la cultura, de las letras, del mundo del libro a la que he estado ligada de manera muy cercana en sus 26 años de existencia. Reconozco el nivel de calidad al que se ha llevado a FIL en todos los años, pero de manera muy particular la gestión de Nubia Macías y su muy eficiente equipo. Nubia merece todo mi respeto, mi admiración y mi cariño”, dijo al referirse a la directora saliente, Nubia Macías Navarro, quien anunció su renuncia a este cargo a partir del próximo 31 de marzo.

Egresada de la UNAM, de la carrera de historia, Schulz es una figura de referencia en el mundo editorial iberoamericano, en donde cuenta con una reconocida trayectoria que abarca 30 años, entre los cuales destaca su gestión en el Grupo Santillana, donde fue editora ejecutiva y posteriormente directora editorial de ediciones generales. En ese mismo grupo fue nombrada directora en México de los sellos Taurus y Alfaguara, cargo que desarrolló durante diez años. Fue editora de autores como Carlos Fuentes, Mario Vargas Llosa, José Saramago, Mario Benedetti, Arturo Pérez-Reverte, entre otros. En 2011 asumió la dirección de LéaLA, la feria del libro en español que la Universidad de Guadalajara creó en la ciudad de Los Ángeles, (EU), desde donde abrazó con entusiasmo la promoción y difusión del libro en español, así como el fortalecimiento de esta lengua en el territorio estadounidense.

Al hablar sobre su misión en FIL, Marisol Schulz señaló: “asumo este reto con la plena conciencia de lo que esa responsabilidad significa no sólo para el mundo de las letras sino para toda la cultura en nuestro idioma que ha tenido en FIL Guadalajara un escaparate del vigor de nuestra producción literaria, editorial, artística. Es un orgullo para todos los mexicanos, y eso hace que mi compromiso sea aún mayor”.

Leia os posts de O Xis do Problema em seu kindle

A Amazon não dorme no ponto. Acrescentou mais uma funcionalidade no seu processo de adicionar conteúdo nos Kindle e Fire que circulam pelo mundo afora.

Agora, os blogs e sites que desejarem, podem acrescentar um botão de “Send to Kindle” no final de cada post. Este, então, será enviado para um – ou todos – os aparelhos registrados no nome de quem pediu o envio. O botão pode ser baixado no link acima ou diretamente do WordPress

Com isso, será possível não apenas ler depois, como também armazenar nos leitores o conteúdo dos posts, sem necessidade de ir até o site ou blog original.

A Amazon é grande e truculenta. Mas, sem dúvida, imaginativa e eficiente.

Como usuário do Kindle (desde que foi lançado), já incorporei o botão aqui no blog.

Assim, prezados amigos, poderão guardar para ler depois ou manter arquivado essas coisas que escrevo por aqui.

IPA ENDOSSA EPUB 3 COMO PADRÃO GLOBAL PARA E-BOOKS

Captura de Tela 2013-03-13 às 12.34.29A International Publishers Association – União Internacional de Editores emitiu comunicado anunciando que considerava o formato EPUB 3 como o padrão global para publicações digitais.

A resolução foi tomada em reunião da diretoria que aconteceu este mês em Nova York, e está justificada nos seguintes pontos:

– A IPA acredita que um ambiente digital competitivo e diversificado exige a ampla adoção e uso de padrões abertos e gratuitos de conteúdo digital, disponível para editores, provedores de tecnologia e plataformas de distribuição;
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Bibliotecas escolares vão funcionar?

As bibliotecas são um componente essencial no processo educativo, concordam todos educadores. No entanto, são pouquíssimas as escolas que possuem esse equipamento essencial em suas instalações. De fato, levantamentos recentes indicam que 72,5% das escolas – públicas e privadas – não têm bibliotecas.

A história das bibliotecas nas escolas, como o crescimento do sistema educacional, tem várias etapas em nosso país. No modelo defendido e inaugurado por Anísio Teixeira, já se vão uns setenta anos, as bibliotecas faziam necessariamente parte das instalações da “Escola Nova”.

Até o início da década dos anos 60 do século passado, a existência de bibliotecas nas escolas era muito comum. De fato, nas capitais e cidades importantes, o sistema era bem estendido. Mas inexistia nas escolas isoladas, nas cidades do interior e nas zonas rurais. Esse período, que muitos exaltam como aquele onde havia uma “escola pública de qualidade”, na verdade esta era excludente. O sistema tinha suas virtudes (eu, que em toda minha vida, só estudei em escolas públicas, fui um beneficiário disso), mas às custas de excluir a maioria da população em idade escolar.
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REVISTA MACHADO DE ASSIS – O NÚMERO DOIS NO AR

Captura de Tela 2013-02-19 às 14.18.09online. A versão em PDF, completa, pode também ser baixada no site.

Já assinalei, neste espaço, algumas características da publicação: não pode ser caracterizada como uma ¨revista literária˝, pois os textos não são editados como amostra representativa de qualquer tendência da literatura brasileira contemporânea. São instrumentos de trabalho de agentes e editores para facilitar as negociações de direitos autorais de autores no exterior. A escolha dos autores e textos não é feita para apresentar tal panorama. São escolhidos dentre os que se apresentam para seleção, e a diversidade de autores, gerações, tendências e estilos é ativamente buscada pela revista.
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“Relativa prosperidade, absoluta indigência”

O ensaio do prof. Vladimir Safatle na revista Carta Capital 734 se diferencia, sob vários aspectos, da matéria de Rosane Pavan sobre a qual comentei em post anterior. A primeira, e talvez mais importante, é que se trata de um breve ensaio, enquanto a outra era uma reportagem.
Entretanto, tal como a outra, pretende abranger em um só escopo coisas que, a meu ver, são diferentes. Ou, melhor dito, têm a aparência de estar albergadas em um único conceito, o de “cultura brasileira”, e misturam temas que merecem abordagens diferenciadas.
Reclama o prof. Safatle da ausência de análises dos “rumos da cultura brasileira”, “como se julgamentos de valor no campo da cultura fossem exercícios proibidos, pois seriam pretensas manifestações de uma vontade de submeter a multiplicidade da produção cultural a padrões, no fundo particulares de avaliação”. Segundo ele, os momentos anteriores de crescimento econômico brasileiro foram traduzidos em “momentos de grande explosão criativa”, mesmo na ditadura, e não são assim agora.
(Cabe sempre dizer: estou me dispondo a comentar esse número da Carta Capital motivado principalmente pelo respeito que tenho pela publicação e pelos autores dos textos. Não gastaria meu tempo com barbaridades de colunistas e pseudo jornalistas que babujam calhordices em outros semanários). Dito isso…
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Penguin (USA) adere à Expresso Book Machine

Em 19 de setembro do ano passado publiquei um post sobre a Espresso Book Machine, uma máquina que produz, em cinco minutos, um exemplar dos títulos que estiverem em seu arquivo.

O site Publishers Lunch Deluxe (link para assinantes) publica hoje notícia de que a Penguin está disponibilizando seu catálogo para a máquina de fazer livros.

O Vice-Presidente Excecutivo de operações de negócios da Penguin, Doug Whiteman, fez o anúncio dizendo que a empresa “sempre busca novas maneiras de levar nossos escritores para os leitores, e os livros sob demanda nos proporciona outro canal para melhorar ainda mais essa missão. Agradecemos pela oportunidade de ampliar o modo como servimos os livreiros, nossos autores e leitores”.

No post original eu havia assinalado que uma das deficiências da Espresso Book Machine, na ocasião, era ainda a ausência dos títulos das editoras importantes, embora os autores independentes fizessem bom uso do sistema.

Agora, com a adesão da Penguin (e a Random House seguirá, com certeza), o panorama começa a mudar. Não sei se os livros da Companhia das Letras vão aparecer por lá…

Infelizmente o e-mail que mandei para os fabricantes da Espresso Book Machine sobre suas intenções a respeito do Brasil continua sem resposta.

Livreiros inteligentes e espertos, à ação…

ISBN, BIBLIOTECA NACIONAL E METADADOS – PROBLEMAS CONJUGADOS

anatomyISBN
Nos últimos dias surgiram na imprensa e na Internet várias matérias sobre o ISBN – International Standard Book Number, envolvendo editoras, como a Record (em seus vários selos), a Biblioteca Nacional, custos e usos do ISBN.

Vou tentar traçar um panorama geral do assunto e das questões envolvidas.

O ISBN foi o resultado de uma constatação que se fazia evidente pelos meados da década de 1960. O número de editoras e de livros publicados tornava cada vez mais complicada a identificação de cada título, particularmente para manuseio das informações de venda. Essas informações têm impacto no relacionamento entre editoras e livrarias (e distribuidores) e também com os autores, no levantamento dos direitos autorais devidos.

Até então, cada editora desenvolvia seu próprio sistema de identificação dos livros que publicava, e os usava em seus controles internos. Esses sistemas de identificação variavam muito. Por exemplo, códigos para coleções, numeração seriada para obras diversas, etc. Enfim, uma verdadeira babel.
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