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Lições e observações do Ed Nawotka

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No dia 6 de agosto passado, o jornalista Ed Nawotka, editor da  newsletter Publishing Perspectives  participou de evento organizado pela nossa PublishNews, com o apoio da Nielsen e da Livraria Martins Fontes. O tema original do seminário era “Estratégias Globais para Editores Brasileiros”. E, de fato, Ed Nawotka expôs várias ideias sobre as possibilidades de expansão global de negócios para editores brasileiros.

Assisti à palestra e não pretendo resumi-la aqui, pois isso já foi feito na newsletter do dia seguinte ao seminário.

Entretanto, quero aproveitar a oportunidade para destacar alguns assuntos tratados por ele que, para mim, foram muito interessantes.

Um preâmbulo. Altair Brasil, que foi presidente da CBL e, antes de adquirir com outros sócios, a operação da Bertrand Brasil (hoje selo da Record), trabalhou em vendas do setor gráfico e no segmento de porta-a-porta. Altair comentou comigo, várias vezes, que “quem vendia livros em quantidade eram as gráficas; livreiro vende um exemplar de cada vez”. Essa é uma lição bem clara do segmento de vendas porta-a-porta. Não deixam passar nenhuma venda, e vão atrás do cliente onde quer que ele esteja. Só para ilustrar, uma historinha que o Hamilton Terni Costa conta. Quando era diretor da gráfica da Melhoramentos, antes da unidade ser vendida, Hamilton convidou um grupo de editores e distribuidores do porta-a-porta para conhecer as instalações. No final da visita, na hora do cafezinho, quando Hamilton colocava as vantagens para que eles imprimissem na Melhoramentos, um ou dois dos visitantes revelou: haviam feito vendas de coleções para os funcionários da gráfica, durante a visita. No papo. Na hora.

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Os computadores podem ajudar você a achar o livro que deseja ler?

A proliferação de títulos é um dos fenômenos mais marcantes do mundo editorial. Já comentei, em diversas ocasiões, o livro Livros Demais, do Gabriel Zaid, filósofo mexicano. Zaid defende que o “encontro feliz” entre o livro e seus leitores é o grande problema, e que esse encontro é extremamente difícil. O leitor “acha” o livro quase que por acaso, ao frequentar livrarias, ler jornais, conversar com outros leitores, etc.

Em um momento em que milhões e milhões de títulos são publicados no mundo inteiro, todos os anos, a ansiedade em promover esse “encontro feliz” tem motivado algumas iniciativas destinadas a resolver isso. Ajudar o leitor a encontrar o livro que – ainda não lido – se enquadre nas suas expectativas.
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O “DNA” dos livros pode servir de base para encontrá-los?

Semana passada Claudiney Ferreira, com quem trabalho no projeto Conexões Itaú CulturalMapeamento Internacional da Literatura Brasileira – e que vasculha a Internet quase obsessivamente atrás de sites sobre literatura, achou uma curiosidade: o BookLamp. Tratava-se de um site que se propunha a levantar o DNA dos livros para servir de motor de buscas para os leitores descobrirem livros “semelhantes” aos que gostaram, e de ferramenta para autores e editores.
Visitei o site e achei realmente fascinante. E já tinha planejado escrever um post sobre o assunto.
Esse trabalho me foi poupado pelo Ed Nawotka, do Publishing Perspectives, que no dia 24 publicou um artigo sobre o assunto. Ed Nawotka esteve aqui há pouco, no Congresso do Livro Digital, e sua palestra motivou que eu escrevesse um post sobre a questão dos metadados e sua importância para o mercado editorial.
Bem, quem quiser ler o original, o link está aqui. Com permissão do Ed Nawotka, traduzi o artigo que deixo aqui para vocês:

O “Projeto do Genoma do Livro” do BookLamp é o futuro da descoberta?

Por Edward Nawotka

Se você achava que metadados eram complicados, conheça Booklamp.org., um novo motor de descoberta de livros que pesquisa 32.160 diferentes pontos de dados por livro. “Fazemos isso processando o texto completo proporcionado pelo editor em formato digital e passando pelo nosso computador”, explica o CEO Aaron Stanton.

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