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Revista Machado de Assis convoca participantes para seus números dois e três

O lançamento dia 10 do primeiro número da “Machado de Assis Magazine”, com textos traduzidos de autores brasileiros para que sejam apresentados a editores e agentes internacionais, foi acompanhado pelo anúncio do chamamento público de autores intessados em participar dos próximos dois números.

As inscrições para essas duas edições poderão ser feitas até o dia 10 de novembro. A segunda edição será dedicada a trechos de obras de ficção brasileira (como a primeira) e a terceira será inteiramente voltada para a literatura infantil e juvenil. O Brasil já começa a se preparar para a homenagem que receberá em 2014 na Feira de Livros para Crianças e Jovens em Bolonha. Para a segunda edição, além de textos em inglês e espanhol, serão analisadas propostas para textos apresentados em alemão de dez obras de ficção brasileira, desde que já tenham sido publicadas em livro no Brasil.

Os interessados devem se dirigir ao Centro Internacional do Livro – CIL, da Biblioteca Nacional, para conhecer os detalhes do chamamento e apresentar suas propostas, pelo email cil@bn.br.

Brasil apresenta em Frankfurt seus planos para 2013

Galeno Amorim, presidente da Fundação Biblioteca Nacional anunciou nesta quinta-feira, em entrevista coletiva para a imprensa internacional, as linhas gerais dos planos para a participação do Brasil como país convidado de honra da Feira do Livro de Frankfurt no próximo ano. Linhas gerais, pois ficou evidente que ainda há muito trabalho a ser feito no detalhamento das idéias, fechamento de parcerias e desenho do pavilhão central, que estará a cargo de Daniela Thomas e Felipe Tassara.

Galeno, que estava acompanhado pelo Cônsul Geral do Brasil em FKF, pelo chefe do Departamento Cultural do Itamaraty, pelo Diretor Geral da Feira, Jurger Boos, pela vice diretora da Feira, Marifé Boix, pela presidente da CBL, Karine Pansa e pelo escritor Milton Hatoum, anunciou o investimento de dez milhões de dólares na organização do evento do próximo ano, acompanhado de mais trinta e cinco milhões de dólares em diversos programas de apoio à tradução e difusao da literatura brasileira no âmbito internacional.

O mote da participação brasileira será “Brazil in every word”, que pretende destacar a diversidade das abordagens da literatura brasileira por seus autores.

A apresentação foi marcada por um belo vídeo montado a partir de frases de autores brasileiros, justamente mostrando essas diferentes abordagens “antropofágicas” da cultura brasileira, que tudo transforma e recria, devolvendo ao mundo sua visão própria. Já me prometeram enviar o link desse vídeo, para que todos possam vê-lo.
A apresentação terminou com um bom discurso de Milton Hatoum, que destacava também essa diversidade de vozes e advertia para que se evitassem tanto as aproximações estereotipadas quanto os ufanismos, assinalando também as vozes dissonantes que sempre devem estar presentes na literatura. Milton também prometeu enviar o texto da sua fala, para publicação aqui.

Frankfurt – dia 1

Depois de mais de dez anos de ausência, este ano voltei à Feira do Livro de Frankfurt. Ontem, terça feira, foi a abertura oficial, com a apresentação da Nova Zelandia como convidado de honra deste ano.

Na análise que fez da presença do Brasil em 1994, Peter Weidhaas, então diretor da feira, mencionou como um dos problemas dessa apresentação do Brasil foi o discurso de abertura, feiro na época por Josué Montello, que era presidente da ABL. Montello divagou sobre seu amor pela Alemanha e por Goethe, citando uma senhora que, emocionada, havia lhe dado uma estatueta do poeta alemão que herdara de seu marido, colecionador das obras de Goethe. E foi por aí.

Weidhaas dizia que, para os alemães, isso nao interessava nada. Eles esperavam um autor que falasse sobre os problemas universais, a perspectiva do país e de como promover a literatura,etc. A falta de impacto do discurso do Montello prejudicou em muito a presença do Brasil.

Eis que os neozelandeses fazem discursos centrados em duas coisas: como gostavam de Goethe e como a Nova Zelandia é pequena, etc. etc. Parecia coisa se menino que fez alguma travessura e já vai pedindo desculpas.

Decepcionante.

O pavilhão com a exposição central da Nova Zelandia partiu de uma coisa parecida: olhem, estamos do outro lado do mundo, enquanto vocês dormem nós estamos acordados… Um pavilhão escuro, com água em redor de uma ilha obvia, iluminada de longe, com belas fotografias de paisagens (foi outro ponto assinalado nos discursos, o de quão bonito o pais é).

Enfim, considero que essa cerimonia de abertura foi exemplo de como o Brasil nao deve fazer ano que vem.

Preços de livros, descontos, livrarias e preço ao consumidor

Na coluna que ontem publicou na edição do PublishNews, Mike Shatzkin deixou claro uma tática das editoras para manter os “descontos” ao consumidor final sem perder a lucratividade: aumentar o chamado “preço de capa” das editoras, o que possibilita que no resto da cadeia de comercialização possam ser dados descontos “altos”.

O freguês, leitor, se ilude facilmente com essa história dos descontos. Acha que está desfrutando de uma barganha formidável.

Olhem o que Mike escreveu:
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VIAGEM PARA DENTRO

“A leitura de livros está crescendo aritmeticamente; a escrita de livros está crescendo exponencialmente. Se nossa paixão por escrever não for controlada, no futuro próximo haverá mais pessoas escrevendo livros que lendo”( Zaid, Gabriel: Livros Demais! Sobre ler, escrever e publicar, S. Paulo, Summus Editorial, 2004)

Blague?! Sim e não. O Gabriel Zaid escreveu, sim, um livro cheio de paradoxos, ou aparentes paradoxos como este da citação.

O fato é que se escreve cada vez mais. E há uma razão básica para isso: como o mundo do livro reflete o mundo real, e este é multifacetado, há espaço para a multiplicidade de “abordagens” da realidade. No limite, os “blogs” levam ao público o que antes se escrevia como objeto de reflexão estritamente pessoal, diários e cartas para amigos, colegas de trabalho ou outros cúmplices.
A Internet, a impressão sob demanda e outros meios técnicos possibilitaram, nos últimos anos, que a publicação desses escritos pessoais se tornasse viável. O narcisismo pós-qualquer coisa se aproveita disso e o resultado é essa avalanche de escritos que nos inunda.
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Advogado apresenta petição em quadrinhos no caso do Departamento de Justiça dos EUA contra as editoras.

Bob Kohn, advogado especialista em questões editoriais, pediu à juíza que cuida do caso do Departamento de Justiça dos EUA contra a Apple e cinco editoras, que permitisse que ele apresentasse uma petição amicus curiae – quando uma parte não envolvida apresenta argumentos a favor ou contra a demanda. A petição contestava a ação do Departamento de Justiça.

Kohn apresentou uma petição com quase cem páginas. A juíza devolveu dizendo que ele devia reduzir tudo a cinco páginas e que o prazo para entregar se encerrava hoje. Ele resolver sintetizar tudo em quadrinhos, “pois cada imagem vale por mil palavras”.

Transformei os quadrinhos em fotos, que publico abaixo. É divertido.






Prêmio VivaLeitura abre inscrições

Em 2004, como Consultor do CERLALC – Centro Regional do Livro para América Latina e Caribe, participei do planejamento do Ano Ibero-Americano da Leitura, que aconteceu no ano seguinte. Os países de língua espanhola haviam adotado uma sigla que absolutamente não funcionava em português, e entre os que trabalhavam no assunto (não fui eu o pai da ideia, mas não lembro exatamente quem foi) surgiu o nome VivaLeitura. Assim, as duas palavras emendadas e com essa letra maiúscula no meio.

Desse ano do VivaLeitura surgiram várias ideias que posteriormente foram implementadas pelo Galeno Amorim, na ápoca coordenador do assunto e hoje Presidente da Fundação Biblioteca Nacional. A meta de liquidar o déficit de municípios sem bibliotecas públicas no país (os poucos que ainda não têm estão assim pela recusa de prefeitos em assinar o convênio com a FBN – deviam ir para o pelourinho), o Plano Nacional do Livro e Leitura e o Prêmio VivaLeitura foram algumas delas.

A ideia do Prêmio VivaLeitura é mapear e cadastrar iniciativas de qualquer cidadão ou instituição que desenvolva projetos de incentivo à leitura de modo inovador e criativo. Programas oficiais não concorrem ao prêmio. Este se destina a incentivar os programas de mediação e apoio ao desenvolvimento do hábito da leitura em escolas, bibliotecas, organizações não governamentais ou pessoas físicas.
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Lista dos e-books mais vendidos nos EUA

A Digital Books World, newsletter especializada em livros eletrônicos dos EUA, divulgou várias listas de mais vendidos do setor naquele país. A DGB , associada com a Iobyte Solutions, preparou uma lista geral dos vinte e cinco mais vendidos e quatro listas segmentadas pelo preço.

A curiosidade a ser notada é que, dos vinte e cinco títulos mais vendidos, 21 foram publicados pelas “seis irmãs”, as maiores do setor, e praticamente a metade (12 títulos) foram publicados por editoras que aplicam o modelo de agenciamento, e com preços acima de US$ 10,00 (US 12,00 é o mais comum), e apenas quatro estão no segmento de preço mais baixo (de Us$ 0,00 a 2,99).

Outro detalhe significativo é que apenas dois títulos foram publicados por editoras fora do grupo das seis maiores editoras americanas (Random House, Penguin, Macmillan, Simon & Schuster, Hachette, HarperCollins). A Scholastic – que não está entre as seis, mas é uma grande editora (publicou o Harry Potter nos EUA) emplacou dois títulos, e a Soho Press, essa sim, independente, um título.

Ao observar as listas divididas por categorias de preço, verifica-se que apenas no segmento de preço de US$ 3. a US$ 7,99 é que começam a aparecer as independentes, com três posições. E somente no segmento mais barato (de US$ 0,0 a Us$ 3) aparecem dois autores autopublicados, Sidney Landon e Lynda Chance. Esses dois, pelo título dos romances, aparentemente produzem “romance novels”, um segmento diferenciado nos EUA, por aqui representado pelos livros de banca tipo “Sabrina”. Etc.

Scortecci faz proposta para mudanças na Bienal


João Scortecci, editor, sócio da CBL – ex diretor da entidade – avança na discussão sobre a situação da Bienal do Livro de S. Paulo, apresentando propostas para reformulação do evento, em carta publicada na Ilustrada da FSP.
O posicionamento do Scortecci é mais importante exatamente por passar das reclamações – que circulam nos corredores à boca pequena – para apresentação de propostas. Cabe à CBL tomar a iniciativa de organizar essa discussão e conduzir à consolidação de propostas. Ou não…