Galeno Amorim, presidente da Fundação Biblioteca Nacional anunciou nesta quinta-feira, em entrevista coletiva para a imprensa internacional, as linhas gerais dos planos para a participação do Brasil como país convidado de honra da Feira do Livro de Frankfurt no próximo ano. Linhas gerais, pois ficou evidente que ainda há muito trabalho a ser feito no detalhamento das idéias, fechamento de parcerias e desenho do pavilhão central, que estará a cargo de Daniela Thomas e Felipe Tassara.
Galeno, que estava acompanhado pelo Cônsul Geral do Brasil em FKF, pelo chefe do Departamento Cultural do Itamaraty, pelo Diretor Geral da Feira, Jurger Boos, pela vice diretora da Feira, Marifé Boix, pela presidente da CBL, Karine Pansa e pelo escritor Milton Hatoum, anunciou o investimento de dez milhões de dólares na organização do evento do próximo ano, acompanhado de mais trinta e cinco milhões de dólares em diversos programas de apoio à tradução e difusao da literatura brasileira no âmbito internacional.
O mote da participação brasileira será “Brazil in every word”, que pretende destacar a diversidade das abordagens da literatura brasileira por seus autores.
A apresentação foi marcada por um belo vídeo montado a partir de frases de autores brasileiros, justamente mostrando essas diferentes abordagens “antropofágicas” da cultura brasileira, que tudo transforma e recria, devolvendo ao mundo sua visão própria. Já me prometeram enviar o link desse vídeo, para que todos possam vê-lo.
A apresentação terminou com um bom discurso de Milton Hatoum, que destacava também essa diversidade de vozes e advertia para que se evitassem tanto as aproximações estereotipadas quanto os ufanismos, assinalando também as vozes dissonantes que sempre devem estar presentes na literatura. Milton também prometeu enviar o texto da sua fala, para publicação aqui.
ainda acho que essas louvabilíssimas iniciativas deveriam abrir espaço, por modesto que fosse, para o tradutor brasileiro – afinal, é ele que difunde a literatura estrangeira no brasil e, de uma maneira ou outra, contribui para a literatura brasileira (pois suponho que uma boa parte da carga de leitura que formou e forma a bagagem de nossos autores passa pela tradução da literatura de outros países).
ainda acho que essas louvabilíssimas iniciativas deveriam abrir espaço, por modesto que fosse, para o tradutor brasileiro – afinal, é ele que difunde a literatura estrangeira no brasil e, de uma maneira ou outra, contribui para a literatura brasileira (pois suponho que uma boa parte da carga de leitura que formou e forma a bagagem de nossos autores passa pela tradução da literatura de outros países).
Denise,
Tem toda razão. Eu me proponho a conversar com o Galeno sobre o assunto. O que você sugere?