Normalmente se associa a questão da edição digital aos e-books e e-readers. Mas a coisa não é tão simples. Já mencionei que o uso de formatos digitais pelas editoras do segmento técnico-científico está próxima de comemorar seu vigésimo aniversário.
Mas o mundo digital afeta o mundo editorial não apenas dessa forma. Na área dos tradicionais livros impressos, os processos gráficos passaram, nos últimos anos, por transformações igualmente grandes e significativas. Aliás, as transformações técnicas dos processos de impressão têm impactos diretos na quantidade e na qualidade dos livros tradicionais ofertados. A mais recente dessas transformações é a da impressão digital.
A eletrofotografia (reprodução por meios eletrostáticos de um original, foto ou texto), desenvolvida pela Xerox no final nos anos 1950, foi onde a coisa começou. Anos depois a Xerox fundou o PARC – Palo Alto Research Center, matriz de inúmeras inovações tecnológicas na área da reprodução (impressoras a jato de tinta e laser), e dos computadores pessoais.
A chamada “xerografia”, como ficou popularmente conhecida, com máquinas cada vez mais complexas, desembocou, nos anos 1990, na DocuTech, uma máquina apresentada como a primeira “fábrica de livros”, que imprimia página por página um original, compaginava e apresentava na ponta o miolo do livro, pronto para ser encadernado. A DocuTech foi o primeiro sistema integrado de impressão sob demanda.
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