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TRÊS NOTAS

Depois do jogo do Brasil, quando não achei a moqueca lá muito bem temperada, só deu para o gasto, vão três notas de atualidade do mercado editorial, para não perder o ritmo.

LUCIANA VILLAS BOAS – FICÇÃO HOJE NA VISÃO DE UMA AGENTE LITERÁRIA

Nelson de Oliveira – assinando como Luís Brás – vem publicando, no Jornal Rascunho, uma série de artigos que solicita aos mais diferentes personagens do cenário editorial brasileiro. Do cenário editorial, não exclusivamente da literatura. Até eu já fiz um texto para o Nelson – ops, Luís Brás – nessa série.

No número 170 do jornal curitibano foi a vez da agente literária Luciana Villas Boas. Como todos sabemos, Luciana foi durante muitos anos diretora editorial da Record, e lá publicou muitos autores brasileiros. Depois de sair da editora, casou-se, mas não mudou. Com seu marido americano, Moss, vive entre o Rio, Atlanta e Nova York, administrando uma agência que já conta com um plantel importante de autores brasileiros.

Uma revelação: a iniciativa da Luciana de mandar traduzir trechos dos autores da Record que ela considerava possíveis de serem colocados no mercado internacional foi o que me inspirou a sugerir à Biblioteca Nacional, na administração do Galeno Amorim – uma publicação semelhante, a hoje Machado de Assis Magazine – para publicar excertos de autores para apresentação no mercado internacional de direitos de autor.
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HarperCollins lança programa de venda global de seus títulos em inglês

A HarperCollins, uma das “seis grandes” do mercado editorial dos EUA, lançou um programa de vendas global de seus títulos em inglês, segundo a newsletter da Publisher’s Weekly. Serão oferecidos 50.000 títulos impressos e 40.000 e-books em todos mundo, em qualquer tecnologia. As limitações ocorrerão somente em função dos direitos de venda dados a HC nos contratos.

A HarperCollins 360 – o nome do programa – já engloba os títulos publicados nos EUA e no Reino Unido, e espera incluir títulos de suas subsidiárias no Canadá e na Austrália nos próximos doze meses.

O anúncio do programa informa que a distribuição global ocorrerá com a incorporação de vários associados com capacidade de impressão sob demanda. O anúncio não especifica se os e-books serão vendidos através de varejistas, como a Amazon, ou varejistas locais, e se terão ou não DRM embutido.

Uma especulação que ocorre de vez em quando é a da possibilidade das editoras americanas detentoras de direitos globais publicaram elas mesmas as traduções, pelo menos no formato e-book. Acho isso difícil, pois não teriam capacidade de atender a capilaridade do varejo no mundo inteiro, e os direitos das traduções são vendidos para editoras locais, que certamente não gostariam que o formato e-book ficasse nas mãos dos detentores originais. No entanto, essa movimentação da HarperCollins é bem significativa do alcance global do mercado editorial propiciado por dois fatores: impressão sob demanda e e-books.

Antes que o fogo queime: desafios da chegada da Amazon no Brasil

A próxima chegada da Amazon no Brasil, que vem sendo cozinhada desde o começo do ano, com negociações entre os representantes da empresa de Seattle e editoras brasileiras e anúncio (informal) de algumas iniciativas, como a venda do Kindle por R$ 199,00, certamente terá um impacto significativo no mercado editorial brasileiro, tal como aconteceu em outros países.

Ainda não se sabe com certeza se a Amazon vai se limitar inicialmente à venda de livros eletrônicos (e também se já incluirá outros produtos entregues via web, como músicas e filmes) ou se também irá incluir os livros impressos, adquiridos online e entregues pelo correio ou por courriers. A conhecida secretividade da empresa contribui para especulações, inclusive sobre a quantidade de editoras que já assinaram contratos com ela.
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