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NORMAS E METADADOS – PANORAMA

No dia 16 passado, aqui no PublishNews, Eduardo Cunha (o da BookPartners, não o outro), publicou um excelente post, Mudar as atitudes, estabelecer padrões: um bem para toda a cadeia livreira no qual abordava, com a perspectiva de distribuidor, alguns temas que venho tratando em várias ocasiões por aqui.

O ponto mais importante para mim, é que foi a primeira vez, em minha memória, que alguém diretamente envolvido na cadeia produtiva do livro trata do assunto, mostrando a urgência do estabelecimento de padrões e o aperfeiçoamento dos metadados usados pela indústria editorial e livreira do nosso país.

O post do Eduardo motivou algumas reflexões que gostaria de compartilhar com vocês.

O que primeiro chamou minha atenção foi a constatação de que “infelizmente não vejo nenhum esforço das nossas entidades de classes em criar padrões melhores para indústria”.

De fato, para criar padrões, é preciso haver alguma instituição normativa para isso, que consolide exigências de vários tipos, de modo a que sistematicamente possam ser aplicados em toda a cadeia de produção e venda de livros. As entidades do livro passam ao largo disso.

Exigem exigências de ordem fiscal – e ele chama atenção para vários problemas decorrentes da nossa estrutura tributária – de produção e de comercialização a serem obedecidas.

Muitas dessas normas (que são metadados), já estão codificados e existentes. As regras fiscais, por exemplo, são estabelecidas pela legislação e pelas normas da Receita Federal. Infelizmente, porém, nem todas as editoras seguem as normas. E ficam vulneráveis à eventual fiscalização. O Eduardo Cunha dá o exemplo do manejo das consignações.

E cita várias questões de produção e de identificação dos livros. Um exemplo hilário é o da “liberdade” que capistas tomam (com a conivência, e aplauso, dos editores), de colocar fundos por baixo da identificação do ISBN, dificultando a leitura do código de barras. E outros exemplos que tais.

Bom, a questão começa pelo seguinte: muitos dos padrões existem. Só que são completamente ignorados pelos editores e pelos capistas, diagramadores e outros envolvidos na produção desse objeto físico ou virtual que é o livro.

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Metadados para principiantes – aproveitando os ensinamentos de um mestre

A minha viagem à Colômbia para participar da Feira de Livros de Bogotá (que termina hoje, 1 de maio) incluiu a participação em um seminário organizado pelo CERLALC – Centro Regional para o Livro na América Latina e Caribe, intitulado “Todo Comienza em um Libro”. A mesa-redonda da qual fiz parte foi antecedida por uma conferência de Richard Stark, intitulada “Libros, marketing y metadatos: estrategias de posicionamiento y aumento de ventas. Los nuevos entornos en la promoción y distribución de libros, en un mundo conectado”. Stark é diretor de “Product Data” – Dados sobre produtos – da cadeia Barnes & Noble, e também coordena o Comitê de Metadados do BISG – Book Industry Study Group. Nessa condição é um dos responsáveis pela manutenção do BISAC – Book Industry Standards and Communication que, como o nome indica, estabelece padrões para a indústria editorial americana, largamente seguidos também pelos ingleses. O BISG também é o responsável pelo ONIX – Online Information Exchange, sobre o qual falarei amplamente mais adiante, e pelo X12 e-commerce transactions.

Fundado em 1976 por editores e gráficos, o BISG atualmente se destaca em ações de formação e no estabelecimento de padrões de informação estatística para a indústria editorial, buscando unificar os resultados de várias fontes de informação que permitam uma análise compreensiva dos dados de produção e comércio de livros.
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“Oh, e-books, como os amamos? Deixe-me contar de quantos modos…”

Transcrevo em seguida, por gentileza do Publishing Perspectives um artigo de Peter Cook sobre um instrumento de pesquisa sobre e-books feito pelo BISG – Book Industry Study Group e que comentarei em um próximo post.

Eis o artigo:

Oh, e-books, como os amamos? Deixe-me contar de quantos modos…
(Desde que pague US $ 6.750 pela subscrição da pesquisa)

Por Peter Cook (cortesia de Publishing Perspectives)

Os modos realmente estão sendo contados assiduamente e continuadamente, e disponíveis na ponta dos dedos em tempo real para editores pelo Book Industry Study Group (BISG). A última apresentação tem-que-ter-tem-que-ver é a da pesquisa em curso e continuada Consumer Attitudes Towards E-Book Reading (Atitudes dos Consumidores em Relação à Leitura de e-books) que esclarece e quantifica o tamanho e a profundidade da mais nova das paixões: quais são os e-readers mais “quentes”? Quais os que estão minguando? Que características os consumidores querem ter em seguida? O que mais compradores de e-books fazem ou consumem com seus aparelhos?
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