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Como editoras e livrarias andam [mal]tratando seus [meta]dados por aqui

Na apresentação que Richard Stark fez em Bogotá sobre a questão dos metadados, há uma lista de elementos mínimos que deveriam ser disponibilizados pelos editores para os elos seguintes da cadeia do livro. Para distribuidores e livreiros terem conhecimento de algumas das condições de comercialização do produto. Para o público leitor – e isso é ainda mais importante – de modo a que o livro possa ser facilmente encontrado pelos mecanismos de busca eletrônicos e para que o eventual comprador saiba qual é seu conteúdo.

Alguns desses componentes são ocultos, pois dizem respeito somente à relação editor/distribuidor-livreiro. Outros devem ser necessariamente complementados com informações próprias do distribuidor/livreiro. Na lista apresentada no post anterior, seriam esses: preço (o livreiro tem que especificar seu(s) preços e condições, que são eventualmente diferentes dos do editor); código de desconto proprietário do editor, que tem que ser complementado pelos eventuais descontos dados pelo livreiro; código de disponibilidade do produto, que deve ser complementado pelos códigos do livreiro (disponibilidade de entrega, prazos, etc.); código de devolução (ou das condições de consignação, que são elementos da relação comercial editor/livreiro). Ou seja, de uma lista de trinta, podemos considerar que quatro dizem respeito à relação entre editor-livreiro e que devem ser acrescidos pelas informações das próprias das relações livreiro-comprador final.
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TEREMOS MAIS E MELHORES DADOS SOBRE AS VENDAS EM 2012?

A anunciada possibilidade de que o BookScan, da Nielsen ou outra solução da BfK possam vir a ser empregadas no Brasil para rastrear o consumo de livros no país permite fazer algumas observações sobre a questão dos dados do mercado editorial brasileiro.

Tanto a Nielsen quando a BfK já estão presentes no Brasil há anos, fazendo vários tipos de pesquisa para diferentes segmentos da indústria nacional. Inclusive pesquisas online sobre o consumo de bens. A Nielsen, por exemplo, oferece Serviços de Mensuração de Varejo, linha de produtos da qual a BookScan faz parte. A BfK tem a Shopper Inteligence, produto do mesmo tipo do oferecido pela concorrente. Todas trabalham com informações recolhidas diretamente nos PDVs – pontos de venda – através do registro de códigos de barra.
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O “DNA” dos livros pode servir de base para encontrá-los?

Semana passada Claudiney Ferreira, com quem trabalho no projeto Conexões Itaú CulturalMapeamento Internacional da Literatura Brasileira – e que vasculha a Internet quase obsessivamente atrás de sites sobre literatura, achou uma curiosidade: o BookLamp. Tratava-se de um site que se propunha a levantar o DNA dos livros para servir de motor de buscas para os leitores descobrirem livros “semelhantes” aos que gostaram, e de ferramenta para autores e editores.
Visitei o site e achei realmente fascinante. E já tinha planejado escrever um post sobre o assunto.
Esse trabalho me foi poupado pelo Ed Nawotka, do Publishing Perspectives, que no dia 24 publicou um artigo sobre o assunto. Ed Nawotka esteve aqui há pouco, no Congresso do Livro Digital, e sua palestra motivou que eu escrevesse um post sobre a questão dos metadados e sua importância para o mercado editorial.
Bem, quem quiser ler o original, o link está aqui. Com permissão do Ed Nawotka, traduzi o artigo que deixo aqui para vocês:

O “Projeto do Genoma do Livro” do BookLamp é o futuro da descoberta?

Por Edward Nawotka

Se você achava que metadados eram complicados, conheça Booklamp.org., um novo motor de descoberta de livros que pesquisa 32.160 diferentes pontos de dados por livro. “Fazemos isso processando o texto completo proporcionado pelo editor em formato digital e passando pelo nosso computador”, explica o CEO Aaron Stanton.

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Como os dados modelam o mercado editorial

A informática permite hoje a coleta de dados importantes sobre o desempenho dos livros. É claro, desde que os metadados estejam corretamente assinalados e sejam “coletáveis”.
Os instrumentos para tanto são vários. Alguns podem estar dentro da própria editora, ou da livraria, consolidando dados sobre os clientes e vendas, devoluções, pagamento de direitos autorais, amortização do investimento, etc.
Um dos mais interessantes é o BookScan, da Nielsen International. Esse instrumento recolhe informações de vendas no varejo, a partir do ponto de venda, em mais de 31.500 livrarias nos cinco continentes. Apenas livros em inglês, na Inglaterra, Estados Unidos, Irlanda, Austrália, África do Sul, Itália, Nova Zelândia, Dinamarca, Espanha e Índia.
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