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“O que há em um nome”, ou Guerra de Versões

Gosto de pensar no verso de Shakespeare como um tributo à guerra de versões. Os nomes – Montecchio ou Capuleto – assumem significados conforme a posição de quem os diz para quem, e a tragédia se arma a partir daí. Ou seja, depende do ponto de vista.

O Publishing Perspectives do dia 27 de junho trouxe uma entrevista feita com Alberto Vitale, ex-executivo da Randon House entre 1989 e 2002, por uma bolsista Fulbright da New York University, Joana Costa Knufinke, espanhola que também faz seu doutorado em Literatura na Universidad de Barcelona.

Vitale é um dos nomes lendários da edição americana no período. Italiano educado nos EUA, como chefão da Random House – na época a maior editora dos EUA – era um temido porta-voz da indústria editorial americana nas negociações com a Feira de Livros de Frankfurt, principalmente a respeito da localização dos estandes. Esse tema o fez ter vários atritos com Peter Weidhaas, descritos pelo alemão em seu livro de memórias, See You in Frankfurt (Locus Publishers, New York, 2010). Foram alguns embates cataclísmicos, o do poderio e arrogância dos americanos contra o poderio e a arrogância dos alemães.
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Como os dados modelam o mercado editorial

A informática permite hoje a coleta de dados importantes sobre o desempenho dos livros. É claro, desde que os metadados estejam corretamente assinalados e sejam “coletáveis”.
Os instrumentos para tanto são vários. Alguns podem estar dentro da própria editora, ou da livraria, consolidando dados sobre os clientes e vendas, devoluções, pagamento de direitos autorais, amortização do investimento, etc.
Um dos mais interessantes é o BookScan, da Nielsen International. Esse instrumento recolhe informações de vendas no varejo, a partir do ponto de venda, em mais de 31.500 livrarias nos cinco continentes. Apenas livros em inglês, na Inglaterra, Estados Unidos, Irlanda, Austrália, África do Sul, Itália, Nova Zelândia, Dinamarca, Espanha e Índia.
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