O contexto é muito diferente do brasileiro, mas o artigo abaixo transcrito, escrito para a Publishing Perspectives por Roger Tagholm, que é um jornalista do The Guardian londrino, especializado no mercado editorial, mostra as dificuldades enfrentadas pelas cadeias de livrarias e livreiros independentes quando se veem forçados a enfrentar a presença da Amazon. A gigante norte-americana de e-commerce de livros físicos e eletrônicos fechou mês passado um acordo com a Waterstones para se tornar fornecedora de conteúdo para essa cadeia, que passaria a vender o Kindle em suas lojas, recebendo uma comissão.
O que poderá acontecer com as cadeias de livrarias brasileiras – e com os livreiros independentes – quando a Amazon iniciar suas operações no Brasil, principalmente se cumprir a anunciada promessa de vender o leitor de livros eletrônicos por menos de R$ 200,00?
Leiam as observações de Tagholm abaixo. O artigo original está aqui em inglês.
Porque o negócio da Waterstones com a Amazon é “Como a França de Vichy”
Roger Tagholm – Publishing Perspectives
Mês passado, James Daunt, Diretor Executivo da Waterstones, chocou o mundo ao anunciar um acordo com a Amazon, segundo o qual a empresa passaria a vender e-books para os clientes da livraria. Mas não foi rangendo os dentes que ele fechou o negócio surpresa de vender o Kindle, como algumas pessoas sugeriram – ele o fez “depois que todos seus dentes foram arrancados”. Essa é a opinião de um importante editor britânico, expressada enquanto a indústria editorial do Reino Unido continua a digerir os escassos detalhes sobre o segredo mais bem guardado desde que a Berstelmann comprou a Random House, em 1998.
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