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POLÍTICA DO LIVRO – ARQUEOLOGIA

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Recentemente abri um CD onde havia arquivado os documentos do computador que eu usava quando trabalhava na Câmara Brasileira do Livro. Quando de lá saí, em 2003, copiei-os, deixando os originais no equipamento que pertencia à instituição.

Nesse CD recuperei muitos documentos do período. Sem dúvida, um dos mais interessantes é o transcrito abaixo. Trata-se de carta da diretoria da CBL, então presidida por Raul Wassermann, aos comitês de campanhas dos principais os candidatos à Presidente da República nas eleições de 2002: Lula, Serra, Garotinho e Ciro Gomes. Todos receberam a carta e foram convidados a discuti-la com os editores. Como assessor para assuntos institucionais da CBL, na época, participei ativamente da discussão das propostas e ajudei a redigi-la, juntamente com o Dr. Plínio Cabral, então assessor jurídico da entidade.

A iniciativa de preparar a carta e enviá-la, como disse, foi da diretoria da CBL.

A campanha do Lula foi a primeira a responder, enviando Antonio Palloci, Marco Aurélio Garcia e Galeno Amorim, como representantes da campanha, para se reunirem com os editores – e quem mais quisesse aparecer, o encontro era aberto – na sede da instituição. Um pouco depois, Clóvis Carvalho, ex-ministro de FHC e um dos coordenadores da campanha do Serra, também visitou a entidade. As campanhas de Garotinho e Ciro Gomes não deram pelota.

Abaixo transcrevo o documento, memória de uma época em que a CBL tomava iniciativas de fazer propostas e não recebia repasses para simples execução de ações.


Propostas para os candidatos à Presidência da República

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A Literatura Brasileira no Exterior

Aqui está a coluna publicada no Publish News de hoje.

Em 1994 fui um dos organizadores da participação do Brasil como “País Tema” da Feira de Livros de Frankfurt, assunto sobre o qual ainda voltarei a falar. Mas hoje quero compartilhar com os leitores algumas reflexões decorrentes da minha participação atual no projeto Conexões – mapeamento Internacional da Literatura Brasileira, do Itaú Cultural, do qual sou consultor.
A menção à Feira de Frankfurt não foi casual. O fato é que, depois dela, o número de traduções e o reconhecimento da literatura em português produzida no Brasil aumentou substancialmente. As estatísticas internacionais são tão ou mais precárias que as brasileiras, mas os dados do mercado editorial alemão mostram que os livros dos nossos autores eram os mais traduzidos entre os provenientes do chamado “Terceiro Mundo”, na Alemanha.
Esse enorme esforço não teve a continuidade merecida, em termos de políticas públicas de promoção da literatura. Os programas de apoio à tradução foram interrompidos várias vezes, e as ações se resumiram quase que à presença das editoras brasileiras nas feiras internacionais.
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