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A batalha pela tradução literária nos EUA

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Chad Post é um editor independente e blogueiro que há anos denuncia o fato de que apenas 3% dos livros de literatura publicados nos EUA são traduzidos. Ele esteve no Brasil no começo de julho, convidado pelo projeto APEX/CBL, o Brazilian Publishers para visitar o Rio de Janeiro e a FLIP. O prof. João Cezar de Castro Rocha e eu estivemos com ele quando apresentamos o Conexões Itaú Cultural – projeto do qual somos os curadores – para o grupo, que incluía jornalistas e editores alemães e espanhóis.

A editora dirigida por Chad, a Open Letter é uma iniciativa sem fins lucrativos, apoiada pela University of Rochester. Juntamente com a New Directions e a Dalkey Archive Press são três dos mais importantes divulgadores de literatura traduzida nos EUA. A Open Letters, entretanto, é a única a se dedicar exclusivamente à tradução. As duas outras (New Directions foi fundada em 1936 e a Dalkey Archives Press nos anos 1980) publicam também literatura em inglês (ficção e poesia) e, embora sejam oficialmente “comerciais”, dependem muito de doações e bolsas de fundações. A Open Letters, entretanto, tem mais semelhanças em seu modelo com outras editoras universitárias dos EUA. A Tagus Press, vinculada Continue lendo A batalha pela tradução literária nos EUA

O português brasileiro no mundo e a tradução.

A tradução é um grande fator de consolidação e expansão das línguas literárias. Mesmo depois de sua consolidação – geralmente por um processo político, mas que inclui em muitos casos a cristalização em uma grande obra literária – o enriquecimento dos idiomas sempre se dinamiza com a polinização feita pelas traduções. No caso das línguas neolatinas, deu-se a necessidade de traduzir os textos originários do latim, que em muitos casos já eram traduções do grego, e mais ainda, traduções feitas através do árabe. No caso do inglês e do alemão as respectivas traduções da Bíblia foram fator importantíssimo na cristalização dos respectivos idiomas. As traduções de Lutero e a do Rei Jaime introduziram e consolidaram muitas palavras e expressões que, paulatinamente, se tornaram comuns no alemão e no inglês.

No decorrer da história, algumas circunstâncias políticas, econômicas e sociais fazem que, em um determinado período, alguns idiomas assumam um papel predominante. No início do mundo moderno o português e o espanhol assumiram esse papel, e espalharam vocábulos pelo mundo afora. Mais tarde foi a vez do francês, a língua da diplomacia, talvez a primeira – depois da eliminação do latim – a se tornar “língua franca” no chamado Ocidente. Finalmente o inglês, impulsionando primeiro pelo Império Britânico e depois pela preponderância econômica e militar dos Estados Unidos, assumiu esse papel.
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As traduções no mundo – A UNESCO tem levantamento

A UNESCO, o órgão das Nações Unidas dedicado à ciência e à cultura, mantem um levantamento das traduções no mundo inteiro. O Index Translationum, com informações fornecidas pelas bibliotecas nacionais dos países membros, organiza as informações. A Biblioteca Nacional do Brasil deixou de enviar as informações desde 1977.
Veja aqui informações sobre o assunto.