As estratégias de promoção das literaturas nacionais no exterior são muito variadas. Um ponto em comum é a existência de programas de apoio à tradução.
O artigo do Publishing Perspectives aqui linkado exemplifica o esforço do governo coreano nesse sentido. Ficamos sabendo que o Instituto de Tradução de Literatura envia autores para participar de eventos literários no exterior, em busca de desenvolver intercâmbio com outros autores e também auxiliar os tradutores. O ITL mantem cursos para tradutores estrangeiros, com oficinas e programas para visitantes não coreanos que se propõem a traduzir para cinco idiomas: inglês, francês, alemão, espanhol e russo.
O programa coreano incluiu bolsas para a publicação, além da tradução, inclusive de livros eletrônicos. Os valores são determinados segundo o gênero, o idioma alvo e as dificuldades do texto original.
Destaque-se que a Coreia do Sul também tem músicos conhecidos internacionalmente, como o fenômeno Psy. Em S. Paulo, a colônia coreana é muito ativa na promoção de atividades culturais, mas essas são destinadas principalmente para os membros da comunidade coreana. As séries televisivas coreanas têm um público de admiradores fieis, que legendam para o inglês e daí ao português, de modo que o download pode ser feito poucos dias depois que cada capítulo vai ao ar.
A indústria editorial coreana também é muito forte. Segundo li em estatísticas já há alguns anos, naquele país se produz mais livros que no Brasil, apesar da população muito menor, e os índices de leitura são muito altos. Resultado, certamente, dos altos investimentos em educação.
Vale a pena ler o artigo e visitar o site do Instituto.