Meio-ambiente, demagogia e inutilidade

Já escrevi várias vezes sobre projetos de leis inúteis, leis que “não pegam” e outras brincadeiras legislativas. Isso dito, sou intransigente defensor do Congresso, de sua necessidade e importância. Mesmo com essas bobagens.

O PublishNews publicou hoje no clipping notícia do Boletim do SNEL sobre a tramitação de dois projetos de lei, um no Senado e outro na Câmara, propondo a obrigatoriedade do uso do papel reciclado na fabricação de livros didáticos.

O do Senado foi proposto pelo então Senador Renato Casagrande, do PSB-ES, e atualmente governador do Estado. Está relatado pelo Senador Cícero Lucena, do PSDB. O da Câmara dos Deputados foi proposto pelo Deputado Edivaldo Holanda Júnior, do PTC-MA. Firulas à parte, os dois queriam o mesmo que o Deputado Eliene Lima, do PP-MT, migrado para o PSD, o do cacique Kassab.

As excelências não sabem como é feito papel reciclado, não tem a menor ideia do quanto seria necessário para imprimir os livros didáticos (ou proporção dos livros de qualquer tipo). Não sabem que o Brasil tem um dos índices mais altos do mundo de reciclagem de papel (e de alumínio também). Enfim, não sabem chongas de pitibiribas sobre o que tentam legislar. Querem jogar para as plateias.

O que não se dão conta é que cretinismos não ajudam nenhuma causa. Ao contrário, prejudicam.

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