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O BRASIL EM FRANKFURT EM 1994 – DAQUI PARA 2013

A Feira do Livro de Frankfurt 2011 começa amanhã. O Brasil estará presente em um estande que conta com o apoio da Biblioteca Nacional e do programa Brazilian Publishers, da APEX – Agência de Promoção de Exportações, do Ministério da Indústria e Comércio. Mais editoras brasileiras terão estandes próprios. Durante muitos anos algumas editoras religiosas se abrigavam junto de suas congêneres internacionais, como a Paulus e as Paulinas. Já há algum tempo, a Companhia das Letras mantinha seu próprio estande, este ano acompanhada nesse tipo de iniciativa pela Record e pelo Grupo A. O Brasil é foco de atenções. O olho grande do mercado internacional considera o país, hoje, um dos principais mercados de direitos autorais.

Ótimo que esteja assim hoje.

Dezenove anos depois da primeira vez em que o Brasil foi País Convidado da Feira, tentei, nestes últimos dias, no meu blog www.oxisdoproblema.com.br, dar um panorama do que foi feito e dos problemas enfrentados. Meu objetivo é muito simples: como não se constrói a partir do nada, queria refrescar a memória, fazer o balanço do bom e do ruim e contribuir, assim, para termos uma participação vibrante e proveitosa em 2013. Aqui vou tentar resumir o caso.
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“A massa ainda comerá o biscoito fino que fabrico”

Oswald de Andrade sempre foi um dos meus heróis na literatura brasileira. Pela produção literária, pela militância na literatura e na política, por seu desassombro e atrevimento. Maria José Silveira, Márcio Souza e eu usamos essa frase como lema da Marco Zero, a editora que fundamos e mantivemos por dezoito anos.
Quando escrevi “O Brasil pode ser um país de leitores?”, mencionei na introdução: “A massa dificilmente comerá do biscoito fino se a ele não tiver acesso e ficar reduzida ao consumo da broa de milho […] O esforço aqui apresentado é o da discussão de como fazer o “biscoito fino” chegar à massa.” (p. 16).
Trata-se, portanto, de preocupação constante e recorrente, que abrange a discussão de impasses e dificuldades do mercado editorial e possíveis soluções. Afinal, o que me levou a estudar essas questões foi também certo grau de frustação pela massa não consumir em quantidade o “biscoito fino” que produzíamos na Marco Zero.
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