Faz meses que a Amazon vem pressionando a Hachette, a menor dos grandes grupos editoriais dos EUA (mas que faz parte do Hachette Livres, do grupo Lagardère, que faturou mais de dois bilhões de euros em 2012), com o objetivo de conseguir melhores condições comerciais.
A tática da Amazon é simples. Dá menos descontos para os livros do HBG e avisa que só há disponibilidade para entrega semanas após o pedido ser feito. Todos os outros sites de comércio eletrônico estão dando descontos maiores e entregando mais rapidamente os títulos de autores como James Patterson, Michael Connelly e outros também muito conhecidos.
A Amazon alegou inicialmente que a HBG estava atrasando as entregas, o que foi peremptoriamente negado pela editora (e confirmado pelos competidores da Amazon).
Não é a primeira vez que a Amazon emprega táticas intimidatórias contra editoras que não aceitam melhorar os termos comerciais. A McMillam aguentou pouco mais de uma semana quando o gigante varejista retirou de seus livros a opção “Compre com um clique”, e acabou cedendo. Despois, a McMillam liderou o movimento para modificar os termos gerais de venda, com o “modelo de agenciamento” (a editora fixa o preço e paga à Amazon uma comissão sobre isso, impedindo descontos), graças à providencial ajuda do Departamento de Justiça dos EUA, que acusou as editoras e a Apple de atentar contra a livre concorrência (que está ajudando a Amazon a consolidar sua posição semi-monopolista no mercado de livros). E a McMillam perdeu novamente.
Algumas peculiaridades da situação devem ser anotadas:
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