Achar os leitores é uma preocupação da indústria editorial. Nos velhos tempos, os críticos literários é que “achavam” os autores, e a consagração feita pelos famosos “críticos de rodapé” era o sinal de ingresso no cânone da literatura nacional. A antiga José Olympio tinha como padrão transcrever, nas páginas iniciais do livro, a “fortuna crítica” do autor. Autores e críticos se retroalimentavam em prestígio, e o prestígio resultava em vendas.
Essa contradança acabou. Não existem mais “rodapés literários” e as resenhas estão longe de proporcionar o prestígio – e as vendas – de antanho. O prestígio do autor (muitas vezes respaldado pelo prestígio – ou poderio – da editora) aparece não em críticas, mas em amplas matérias na capa dos cadernos “de cultura”, ou variedades.
Ora, esse espaço se reduz cada vez mais. E se publicam cada vez mais livros. Por conseguinte, divulgar os lançamentos se torna ao mesmo tempo mais importante e mais difícil.
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