A Aliança Internacional de Editores Independentes instituiu o dia 21 de setembro como Dia B – o Dia da Bibliodiversidade, para marcar a importância do assunto. Segundo Guido Indij, editor e livreiro argentino, coordenador da Red Hispanohablante de la Alianza Internacional de Editores Independientes, em artigo publicado no Publishing Perpectives, a “bibliodiversidade é a diversidade cultural aplicada ao mundo do livro. Ecoando a noção de biodiversidade, procura garantir a diversidade de ofertas editoriais disponíveis para os leitores”.”> Dia B – o Dia da Bibliodiversidade, para marcar a importância do assunto. Segundo Guido Indij, editor e livreiro argentino, coordenador da Red Hispanohablante de la Alianza Internacional de Editores Independientes, em artigo publicado no Publishing Perpectives, a “bibliodiversidade é a diversidade cultural aplicada ao mundo do livro. Ecoando a noção de biodiversidade, procura garantir a diversidade de ofertas editoriais disponíveis para os leitores”.
Com a avalanche de títulos publicados diariamente, pode-se perguntar qual a razão dessa preocupação. Como diz Gabriel Zaid, existem Livros Demais, como afirmou em livro publicado pela Summus, que traduzi e indiquei para que fosse editado no Brasil.
O ponto, para a Aliança de Editores Independentes, é que essa inundação é fruto da consolidação corporativa da indústria editorial e sua busca incessante pelos altos lucros. As grandes corporações, controlando o mundo editorial, deixam a qualidade e a diversidade cultural em segundo plano quando instituem a busca da lucratividade título a título, invertendo um antigo paradigma do mundo editorial, quando se dizia que um best-seller ajuda a publicar títulos experimentais e de valor cultural, mantendo a lucratividade da empresa. Esse processo foi bem descrito por André Schiffrin, importante editor americano que viu sua operação ser engolida por uma multinacional, em O Negócio do Livro.
Essa Aliança foi iniciativa de um grupo de editores independentes chilenos, lá pelos anos 90. Em uma das reuniões sobre Diversidade Cultural a que assisti no Canadá, conheci Paulo Slachevsky, da Lom Ediciones, um dos mentores da ideia. (Essas viagens ao Canadá foram cheias de surpresas: o onze de setembro de 2001, uma delas e, em outra, conhecer a Aliança…). Segundo Paulo, a ideia é criar uma rede de editoras independentes pelo mundo inteiro que se apoie em projetos de tradução e divulgação e mesmo de comercialização (como é o caso da Red Hispanohablante). Quando voltei dessa viagem mencionei o tema para alguns editores da Libre mas, pelo que sei, essa articulação não entrou na pauta de nossos independentes (que me desculpem se estou enganado).
Segundo Guido Indij, o dia 21 de setembro foi escolhido “por ser o início da primavera no hemisfério sul, o que expressa temperaturas amenas, contrastes de cores, vigor, florescência, reverdescimento, transição, amor, perfume, um anúncio do que é novo”. (Eu particularmente acho o outono uma estação tão bela quanto a primavera, embora anuncie o inverno no hemisfério norte).
A Alianza organiza esta semana um encontro em Tenerife, Espanha, por ocasião da abertura do Salón Internacional del Libro Africano.
Usem o logotipo para difundir a ideia:
O filmete linkado acima foi produzido pela Alianza para divulgar a ideia do Dia B de modo gráfico e que não dependa de narrações ou legendas em qualquer idioma.
Abaixo estão os links para:
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