Rebecca Carter
Rebecca Carter é agente na Janklow & Nesbit e publicou este artigo no portal Publishing Perspectives, no dia 5 de janeiro de 2015.
Quando me pediram para escrever este artigo, havia recém-chegado do Harrogate Crime Writing Festival, onde assisti a um painel sobre auto publicação. Um grupo de escritores de romances policiais havia auto publicado com sucesso seus livros e debatia os prós e os contra. Havia muitos prós. Eles tinham um relacionamento muito direto com seus leitores, que alimentavam com cuidado. Alguns deles realmente haviam ganho bastante dinheiro. De fato, um deles, depois de haver sido selecionado pela HarperCollins depois do sucesso de sua auto publicação, estava tão desiludido com a experiência (e muito endividado) que voltou para auto publicação. Todos compartilhavam três coisas em comum: passaram anos tentando ser editados pelo caminho convencional; acreditavam profundamente na importância central de um relacionamento editorial (se havia algo que os levaria de volta para a edição tradicional, seria isso); o sucesso deles devia-se totalmente à ferramenta de auto publicação do Kindle, da Amazon. Era como se não existisse qualquer outra forma de auto publicação. A maior parte deles havia começado auto publicar por volta de 2011, pouco depois do lançamento do Kindle no Reino Unido, que levou a um aumento da fome por e-books. O que haviam descoberto era que, manipulando o preço dos seus e-books para torná-los extremamente baratos (ou até mesmo gratuitos), podiam atrair uma grande quantidade de downloads, melhorando assim sua posição nas quantificações do Kindle e atraindo a atenção dos leitores. Isso então se transformou em auto sustentação.
Para todos apaixonados por ter livros estrangeiros em inglês – seja seus vendedores de direitos, tradutores ou autores – existe a tentação, quando encontram resistência dos editores, de tomar as coisas em suas próprias mãos. De alguma maneira, isso vem acontecendo já faz algum tempo. Os tradutores fazem muito lobby junto aos editores sobre livros em particular; autores e detentores de direitos encomendam longos excertos de tradução para convencer os editores a assumir os riscos; pequenas editoras independentes surgiram especializadas em tradução. Entretanto, nos últimos anos, aumentaram as oportunidades para o “faça você mesmo”. Em uma era na qual a editoração está se redefinindo, isso é tão excitante quanto desafiador.
A Amazon muda o jogo?
Voltemos a auto publicação da Amazon. Uma das muitas razões pelas quais me tornei agente literária (depois de quinze anos como editora na Random House) foi para ser capaz de experimentar novos meios de publicação – algo que era relativamente difícil como uma pequena engrenagem dentro de uma grande máquina corporativa. Um dos grandes problemas enfrentados pelos agentes literários hoje é em que medida eles se tornam “editores”, ou mesmo se devem fazer isso. Apesar de que, como agente, estar trabalhando com uma quantidade muito menor de autores que não escrevem em inglês do que quando era editora (meu foco principal agora é representar o que melhor se escreve em inglês), no entanto tenho alguns autores que precisam ser traduzidos. E este ano fiquei frustrada por não ter sido capaz de achar uma editora para um romance francês. O entusiasmo pela Amazon desses escritores em Harrogate era tentador. Eu tinha um bom relacionamento com o autor, o tradutor e o editor original desse romance francês. O que me impediria de sugerir uma experiência de auto publicação? Na verdade, naquele mesmo ano eu já tivera uma reunião com um representante do programa “White Glove” da Amazon – esquema com um nome sinistro para agentes ajudarem seus autores a auto publicar e comercializar seus livros na Amazon. Andei brincando com a ideia de tentar isso. Mas havia muitos impedimentos. Auto publicar romances policiais é uma coisa; ficção literária, outra. Aqueles autores de livros policiais confiavam em preços baixos e na popularidade do gênero para lhes oferecer uma plataforma online na qual pudessem começar a criar uma comunidade de fãs; mas eu não conseguia ver leitores de Kindle fazendo fila para, digamos, baixar a tradução de um romance chinês só porque tinha preço baixo ou era grátis. Seria muito mais difícil adquirir visibilidade. E isso antes de qualquer objeção ética ao potencial monopólio da Amazon.
“Comunidade” é, sem dúvida, a palavra-chave. O mundo editorial aprendeu muitas lições duras com a Amazon, mas uma das maiores é a importância de coligir e explorar os dados sobre os hábitos de leitura de seus clientes. Isso conduz a um foco cada vez maior na comercialização de massa – na criação de “comunidades” ao redor de autores que já são marcas e grandes vendedores. Mas não é por acaso que uma das primeiras incursões da Amazon na publicação, lançada em maio de 2010, foi a Amazon Crossings, o selo de traduções que usou o feedback de clientes e “outros dados dos sites da Amazon pelo mundo todo para identificar livros excepcionais que merecem uma audiência mais ampla, global”. A Amazon identificou uma comunidade muito forte e mal servida: leitores com interesse em livros de outros países.
Lembro de ter ido a uma festa de lançamento em 2008, na qual um amigo do autor havia sido gerente da Amazon durante seu lançamento, e agora trabalhava com outras start-ups digitais. Eu trabalhava como editora na Random House na época. Comentei como ele sobre meu entusiasmo por como a Internet estava reunindo pessoas que tinham entusiasmo pela tradução, e como imaginava modos de usar a “plataforma” da Random House para troca de ideias ao redor do mundo sobre livros a serem traduzidos para o inglês. Ele praticamente me disse que não iria valer a pena: “Amazon vai fazer isso”, disse (como se só valesse a pena fazer coisas se isso pudesse ser GRANDE). Sim, subsequentemente ficou provado que vale muito a pena fazer isso, mesmo que seja em pequena escala. A comunidade dos interessados em traduções não se entusiasma facilmente com algoritmos e produto. Nunca se interessou no assunto por conta do dinheiro, salvo como meio de fazer as coisas; sua dedicação se dedica mais ao artesanato da boa tradução, e ligar leitores e culturas pelo globo.
Pequenas editoras iniciantes focadas na tradução
Testemunha isso o sucesso da pequena editora And Other Stories. Lançada em 2010 (o mesmo ano da Amazon Crossings), And Other Stories também tinha elementos de levantamentos cruzados de informações em seu modelo de negócios, mas de uma maneira bem diferente. Stefan Tobler e seus colegas organizaram grupos de leitura em línguas estrangeiras para permitir que o público sugerisse livros que deveriam ser traduzidos. Também encorajavam positivamente recomendações de tradutores e, usando um modelo de subscrição que os leitores podiam assinar para receber vários livros por ano, eles não apenas ajudaram a pré-financiar suas publicações, como criaram uma comunidade pronta para recebê-las. Comunidade está no centro do que And Other Stories faz. Apelam para a dedicação e experiência de comunidades existentes, e expandem ainda mais essas comunidades ao organizar impressionantes eventos ao vivo que trazem pessoas (algo como Peirene Press também fez com sucesso nos “salões” que o editor Meike Ziervogel organizava em sua casa). Isso provocou a atenção sobre eles de outras comunidades maiores. Quando o romance “Festa no Covil”, de Juan Pablo Villlobos entrou na lista dos finalistas do Guardian First Book Award, eles apelaram para a comunidade do Guardian. Quando “Swimming Home”, de Deborah Levy, entrou na lista dos finalistas do Man Booker, eles entraram no radar do conjunto das comunidades literárias.
O poder da multidão pode ser embriagador em tais circunstâncias, mas os recursos de uma editora são necessariamente limitados, e o sucesso não acontece sem um foco incrível. And Other Stories tem um jeito bem esperto de trabalhar, mas também tem na cabeça um editor com ótimo gosto e boa capacidade de julgamento, Stefan Tobler. Os editores falam muito sobre “nichos”, ou seja, os espaços disponíveis em seus catálogos. Sempre haverá muito mais livros estrangeiros de mérito do que “nichos” para abrigá-los, de modo que sempre necessitaremos de curadores informados e apaixonados para tomar decisões difíceis. Um dos aspectos excitantes sobre a atual disrupção no mundo editorial é que novas editoras surgem como “o bambu depois da chuva”, como diz o ditado chinês. Estas são dirigidas por indivíduos determinados, que compreendem que os livros que desejam ler só serão publicados se eles mesmo fizerem isso.
Um desses é Will Evans, que está no processo de lançamento de uma nova editora em Dallas, chamada Deep Vellum. Graduado em literatura russa, e tradutor, Evans ficou espantado com a escassez de traduções do russo, mas também como a literatura russa se relaciona com o resto da literatura mundial. Era um leitor ávido de revistas na web, como a The Quartely Conversations e Three Percent, esta última ligada à fabulosa editora de traduções dos EUA que tem o apoio da University of Rochester, Open Letter Books. Inspirado pelo conselho de seu editor, Chad Post, de que a única maneira dele ver mais traduções publicadas era começando sua própria editora, Evans passou um verão como estagiário de Chad na Open Letter, e depois fez justamente isso. A Open Letter está realmente se tornando uma sementeira de novos empreendimentos. Sua influência é óbvia na And Other Stories, e justamente semana passada fui ao lançamento de uma nova editora no Reino Unido, a Fitscarraldo Editions, que tem como um de seus primeiros lançamentos a publicação no Reino Unido de Zone, de Mathias Enard, publicado pela primeira vez pela Open Press em 2010. Em Berlim, EJ Van Lanen, um dos membros do triunvirato que fundou a Open Letter, estabeleceu a Frisch & Co. para publicar traduções em e-book (em contraste com Fitzcarraldo, que foca na publicação de belos livros impressos).
Quando chega o momento de decidir que livros publicar, EJ Van Lanen, que estabeleceu praticamente uma operação de um homem só, tem um método interessante. Percebendo que se fosse gastar todo seu tempo peneirando recomendações e propostas, e assistindo feiras de livros, jamais teria tempo para publicar qualquer livro, decidiu estreitar o campo formando alianças com as melhores editoras estrangeiras. Na Alemanha, por exemplo, ele trabalha com a Suhrkamp Verlag, selecionando livros de seu catálogo para sua lista. Inevitavelmente, o departamento de direitos da Suhrkamp quer reservar os livros que acha que tem maior chance de vender para uma editora britânica ou dos EUA, mas isso não deixa Van Lanen chateado. Ele me disse, sarcasticamente, que ainda sobram muitos livros interessantes entre os quais escolher. A outra inovação do modelo de Van Lanen é não pagar adiantamentos, nem mesmo para o tradutor, mas em vez disso compartilha generosamente os ingressos. Ele, o editor original e o tradutor, juntos assumem os riscos financeiros, mas se beneficiam se o livro for um sucesso. No outono passado ele publicou Der Turm (A Torre) de Uwe Tellkamp, em uma tradução de Michael Mitchell. O livro foi o ganhador do Prêmio do Livro Alemão, e foi levado em consideração por editoras inglesas e dos EUA, mas talvez abandonado por conta do tamanho assustador, novecentas páginas. Mas o comentário pré-publicação ao redor da edição de Van Lanen foi tamanha que a Penguin adquiriu os direitos de editar uma edição impressa. Apesar de Van Lanen não encorajar o envio de propostas, sempre está aberto a sugestões, particularmente em idiomas como o chinês, para a qual dificilmente acharia um parceiro editor. Por exemplo, ele está publicando a tradução feita por Nicky Herman da novela de Hang Dong, A Tabby-cat’s Tale, que ela propôs. E ainda está buscando editoras parceiras, com a França como uma ausência notável.
Não sei o que os franceses estão esperando: Frisch & Co. evidentemente é um caminho maravilhoso para entrar no idioma inglês. Mas parece ser apenas uma questão de tempo antes que editoras estrangeiras e agências literárias estabeleçam seus próprios selos de edição em inglês. Afinal, Europa Books estabeleceu um caminho brilhante. Iniciada em 2005 por Sandro Ferri e Sandra Ozzola Ferri, proprietários da editora italiana Edizioni E/O, entre seus primeiros livros estava a tradução do romance italiano Days of Abandonment, de Elena Ferrante. Ferrante agora é uma autora bestseller internacional, e a Europa tem sido altamente bem-sucedida, expandindo para a publicação de autores que escrevem em inglês, e atraindo leitores leais que compram todos seus títulos, com suas capas elegantes.
IDENTIDADE E MODELO SÃO A CHAVE
Identidade é muito importante para uma pequena editora que queira atrair seguidores. Não é suficiente apenas publicar bons livros: esses livros devem criar um mundo ao qual os leitores desejem pertencer. Especializar ou não especializar é uma das questões. Will Evans, da Deep Vellum está determinado a que, ainda que suas raízes estejam na literatura russa, sua editora seja sobre “literatura mundial” e como autores de diferentes idiomas falam uns com os outros. O entusiasmado relançamento da Pushkin Press sob os novos proprietários, Adam Freudenheim e Stephanie Seegmuller, colocou o internacionalismo no coração da identidade da editora. Seu website declara que publica “as melhores histórias do mundo”. Na Hispabooks, entretanto, tudo é sobre a literatura espanhola. Fundada em 2011 por Ana Pérez Galván e Gregorio Doval, dois editores experientes que sentiam que não havia suficiente livros escritos em espanhol alcançando leitores em inglês, Hispabooks emula a Fritsch & Co., publicando e-edições, mas também está determinada a colocar seus livros impressos sob demanda nas livrarias físicas. Isso tem sido um desafio, admite Ana Pérez Galván, porque as livrarias não costumam entender que podem devolver os livros impressos sob demanda, e portanto ficam indecisas para encomendá-los.
Este é um momento em que as editoras pequenas e iniciantes estão experimentando com diferentes modelos financeiros, novas formas de distribuição, e equilíbrios interessantes entre e-books e livros físicos. No momento, faço negócios com a valente Valancourt Books, dirigida por Kay Jenkins, da Virgínia, e especializada em ficção rara, negligenciada e esgotada. Jenkins está republicando um autor que represento, Isabel Colegate. Baixos custos fixos, pouco ou nenhum adiantamento a ser pago, tornam praticamente viável o negócio com e-books e edição em impressão sob demanda em inglês. Mas as traduções têm um custo alto. Frisch & Co. equacionam o problema pedindo ao tradutor que aceite pagamento depois que o livro está sendo vendido, se uma bolsa para tradução não estiver disponível. Outros editores dependem mais de financiamentos públicos, apesar dos proprietários da Hispabooks estarem frustrados pelo fato de, como editores baseados na Espanha, não são elegíveis para o apoio governamental dado a editores britânicos ou dos Estados Unidos que traduzem livros do espanhol. Para Evans, na Deep Vellum, a filantropia local deverá ser a resposta. Dallas, onde está baseado, é uma cidade internacional com uma forte tradição de doação para as artes, mas não para literatura. Ao instituir a Deep Vellum como organização sem fins lucrativos, ele almeja conseguir pessoas em Dallas que leiam e apreciem traduções, com esperança de que as financiem também.
Quando observo à frente, vejo editores experimentando cada vez mais com o envolvimento com a “multidão”, seja na escolha, na tradução, financiamento ou divulgação da literatura estrangeira. Plataformas cruzadas de financiamento como Unbound (que recentemente teve um livro na lista ampla do Man Booker Prize), podem abraçar também a literatura estrangeira e – para o bem ou para o mal – provavelmente veremos traduções colaborativas online. Na semana em que escrevi isto, uma nova editora chamada Advance Editions foi lançada, na qual os leitores são encorajados a dar sugestões editoriais sobre um texto antes que seja publicada a versão definitiva. Deixando de lado a sabedoria (ou não) de um autor abrir-se ao bombardeio de uma multidão de editores amadores, isso também levanta a questão de que trabalho deveria ser pago. “Envolvimento no processo” poderia ser visto como outra forma de dizer “trabalho gratuito”, e certamente autores, editores e tradutores serão progressivamente cada vez mais solicitados a contribuir gratuitamente com seu tempo, ou sendo pagos com valores abaixo dos do mercado, com a esperança de receber remuneração maior mais adiante.
Quando o limite entre “amador” e profissional” se torna cada vez mais difusa, a necessidade de curadores – editores de alta capacidade, tradutores e criadores de tendências – se tornará cada vez mais aguda. Sempre percebi que, apesar da edição de traduções ser uma ocupação de nicho, as inovações que ocorrem na área são da maior relevância para o resto do mundo editorial – e é frequentemente aqui, através da força das circunstâncias, que as melhores ideias são inicialmente aventadas. Tome, por exemplo, o relacionamento cada vez maior entre revistas na web, blogues e a edição de livros. A comunidade da tradução foi das primeiras a perceber o poder dos blogues em chamar a atenção dos leitores (e os editores que poderiam traduzi-los para o inglês), e as iniciantes agora incorporam um forte blogue/revista na web em suas identidades. Ou as vendas diretas ao consumidor (D2C). No momento em que escrevo, a Bookseller publicou notícia sobre como o site de vendas diretas da HarperCollins recentemente começou a funcionar, e como a PenguinRandomHouse lançará em breve “uma estratégia de segmentação da audiência, que agrupa leitores com atitudes, comportamentos e motivações similares”. Em relação a todos os pequenos editores com quem andei conversando sobre este artigo, isso tudo parecia coisa velha.
Em recente entrevista com a revista online Guernica, Fiona McCrae, editora da Graywolf, glorifica os benefícios de ser uma editora entre pequena e média, publicando os livros nos quais acredita. “Minha natureza é muito mais atraída por livros contra a corrente”, diz ela. “Por exemplo, na Graywolf, se sei que há outra oferta de um manuscrito, isso geralmente me deixa menos interessada, não mais. Não me sinto competitiva assim, de modo que não acredito que o fato de alguém mais querer publicar uma peça de escrita torna isso bom material. Acho que fui muito influenciada, quando menina, pelos contos de fada nos quais a urna de bronze é a vencedora, não a de ouro”. Publicando dessa maneira, Graywolf já tem vários sucessos que ajudam a financiar a editora a continuar navegando contra a maré. McCrae diz também: “Para cada grande descoberta existem pessoas que dizem que esse tipo de coisa não acontecerá novamente. Mas então acontece novamente.” Meu conselho para as iniciantes criativas seria: apesar de um rendimento sólido ser um sonho distante, assegure que você saberá como ampliar a curto prazo se tiver que fazer isso (e depois diminuir novamente de tamanho). Observe a minúscula Galley Beggar Press que subitamente se viu com um sucesso nas mãos com A Girls is a Half-Formed Thing de Eimear McBride e se viu obrigada a envolver a Faber & Faber para publicar uma edição de bolso para o mercado de massa (e anunciar o romance com cartazes nos ônibus!). Apesar de não se poder contar com o final feliz de contos de fada, é preciso estar preparado.
Esta é uma versão de um artigo que foi publicado em novembro de 2014 na revista de tradutores literários In Other Worlds. Rebecca Carter é agente literária na Janklow & Nesbit (UK) Ltd.
Ótimo texto. Edição e impressão sob demanda; nenhum adiantamento em traduções; ferramenta de auto publicação do Kindle etc