Estive em Manaus há alguns dias para assistir à estreia de “Isabel do Brasil”, monólogo da Maria José Silveira, encenado pelo TESC – Teatro Experimental do SESC, com Carla Menezes como a Princesa Isabel e direção do Márcio Souza.
Ficamos hospedados em um hotel do centro, perto de onde morei na infância e juventude, e bem em frante da Biblioteca Pública do Amazonas.
O prédio da Biblioteca está fechado já há alguns anos. Foi restaurado e quando a inauguração estava marcada o IPHAN vetou a entrega da obra porque o telhado não havia sido reformado com telhas idênticas às originais.
O atraso na inaguração gerou protestos, organizados por bibliotecários, que abraçaram o prédio, em protesto por uma reforma que já demorava tanto tempo. Quando fui a Manaus tinha em mente essa informação e concordava que era inconcebível uma reforma durar tanto tempo. Robério Braga, que é o Secretário de Cultura do Estado, consegue fundos para o Festival de Ópera, fez intervenções importantes no patrimônio urbanístico do centro da cidade, em particular da Praça São Sebastião (onde está o Teatro Amazonas). Conheço-o há muito e já lhe disse que lamentava que não desse ao livro e à leitura a atenção que dedica à música, às artes cênicas e ao patrimônio urbano, embora exista um projeto grande de digitalização de documentos e acervos bibliográficos em curso, com equipamentos modernos. Estava, portanto, ressabiado quanto a essa história da Biblioteca Pública.
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