Notícias recentes dão conta de uma certa resistência das editoras em comercializar versões digitais dos livros publicados aqui pela a Amazon. A rejeição mais categórica foi quanto aos termos com os quais inicialmente a Amazon comercializou o conteúdo digital nos EUA, onde pagava o preço de atacadista/distribuidor para as editoras mas vendia ao preço que quisesse. Essa manobra, claramente de dumping sofreu muitas resistências, até que as principais editoras conseguiram reverter esse esquema, passando a comercializar pelo que lá é chamado de sistema de “agenciamento”.
A Amazon conseguiu seu êxito inicial de impor seu preço nos EUA por conta de alguns fatores importantes:
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As “várias feiras” dentro de uma feira internacional
Um interessante artigo no Publishing Perpectives sobre o que diferentes tipos de editoras (e delegações nacionais) esperam quando frequentam feiras internacionais. Principalmente quando uma feira convida um país para ser “Convidado de Honra” ou coisa parecida. O que esse “convidado” pode esperar?
O X do Problema
Inaugurei hoje a coluna no PublishNews, a newsletter fundada e dirigida pelo Carlo Carrenho que presta um inestimável serviço ao mercado editorial.
Aqui está a coluna, como post inicial deste blog, que espero seja um meio de discussão sobre os problemas do mercado editorial brasileiro e dos problemas do acesso ao livro e à leitura pela nossa população. No Publish News a coluna se chama “O X da Questão”. Aqui no blog, a coisa se amplia e vira o X do Problema. Aí está:
Quando fundamos a Editora Marco Zero, em 1980, Maria José Silveira, Márcio Souza e eu, queríamos publicar os livros que nos agradassem e que fossem de interesse do público. Não era um projeto simplesmente “estético”. Tínhamos uma clara intenção comercial.
Logo nos deparamos com as peculiaridades e dificuldades da vida editorial nesse nosso país de dimensões continentais, sem bibliotecas e com uma rede de livrarias muito precária. Então, como cientista social, comecei a matutar sobre quais as razões que impediam que os belos e substanciosos livros que publicávamos chegassem às mãos dos leitores na quantidade que achávamos que eles mereciam. A editora se afiliou à Câmara Brasileira do Livro, onde acabei sendo diretor e comecei a me enfronhar nas questões das políticas públicas relacionadas com o livro e a leitura.
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